Marcelo Rebelo de Sousa quis deixar uma mensagem aos jovens na edição deste ano da Futurália, na qual o ISEC Lisboa esteve presente. Na mensagem enviada, as suas palavras foram dirigidas especialmente aos jovens estudantes. O Chefe de Estado fez um balanço destes 14 anos de Futurália, apontou os maiores contrastes entre uns tempos e outros e deixou alguns alertas, mas também frases de conforto. “A Futurália este ano apela à imaginação de todos - uma realidade aberta ao futuro onde a mudança e o inesperado estão a cada esquina da história, da vossa história”, frisou.

O que é uma Futurália?”, foi esta a pergunta que abriu o seu discurso. “A definição é simples: a Futurália é uma feira de oportunidades académicas, profissionais e formativas que todos os anos contribui para a escolha informada dos jovens para os seus percursos de vida”, começou por dizer na sua mensagem aos presentes nesta feira” respondeu se seguida. “Em 2010, quando nasceu, já o futuro que haveria de ser era  muito diferente do futuro que tinha sido pensado umas décadas antes, no final do século  XX. Porquê? Porque já vivíamos em democracia, numa sociedade aberta, europeia, universal. Porque a comunicação fluía, o digital irrompia de forma clara na vida das pessoas, porque a transição verde e a preocupação com o clima e as profissões do passado já não eram as preocupações que haveriam de ser as do futuro. Porque se sabia que se haveria de mudar de profissão ao longo da vida, já não haveria profissões eternas e porque a mudança já era a grande constante da vida, a realização pessoal passava pela realização dos outros, a realização seria vista não como a escolha de um curso e um instrumento mas sim de uma forma de afirmação com os outros ao longo da vida, com mudanças…isto já era assim em 2010.”, enquadrou o Presidente da República. 

“Desde 2010 para cá acelerou a mudança. A transição digital acelerou, a transição verde acelerou, a transição energética acompanhou a transição verde, as instituições mudaram, o mundo mudou, numas coisas para melhor, noutras para pior, mas mudou”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa falou ainda da rigidez e unilateralidade causadas em certos momentos da história, como em tempos de guerra, um que vivemos nos dias de hoje: “As guerras trazem crises e nestes 14 anos vivemos várias crises, não foi uma foram várias. Uma, a da pandemia, totalmente imprevisível - crises económicas, sociais, financeiras, sanitárias, existenciais/comportamentais, porque  a crise passou a ser, também ela, uma realidade constante na vida. Viver em crise, ajustar à crise. Agora imaginem o que é escolher o futuro, profissional, de carreira ou começo de carreira ou de profissão neste contexto…é o caso de 2023! Estamos em guerra, vemos os efeitos críticos da guerra - a inflação - as consequências e desigualdades entre todos, ou quase todos…e é neste quadro que a Futurália este ano apela à imaginação de todos - uma realidade aberta ao futuro onde a mudança e o inesperado estão a cada esquina da história, da vossa história e tentando aprender com tudo e com todos e refletir sobre o tal futuro que é preciso construir, e não reflectir durante muito mais tempo até mais tarde, com mais mudanças. Eu espero que esta Futurália cumpra esta missão.", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa que se despediu dos jovens com “um grande abraço”. 

Foto: Presidência da República

GCI | março 23

 


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